Você sabe como funciona essa relação?
O número de casos de câncer segue aumentando, e notamos claramente um crescimento entre uma população que, até pouco tempo, era considerada de baixo risco: os pacientes jovens, com menos de 50 anos.
Sabemos que o sedentarismo, a obesidade, infecções virais e o fumo contribuem para esse aumento. Mas não parece ser só isso que está por trás do crescimento dos casos de câncer no mundo.
Cada vez mais, têm sido documentados fragmentos de plásticos no corpo humano e até mesmo em animais. Chamamos essas partículas de microplásticos.
Esses minúsculos pedaços podem entrar no organismo por diferentes vias: respiratória – por meio da inalação de poluição ambiental; oral – pela ingestão de água e alimentos contaminados, como frutos do mar e peixes.
Alguns estudos já identificaram microplásticos no leite materno, na corrente sanguínea, cérebro, placenta, rins, fezes e até mesmo em artérias coronárias – no coração.
Esses fragmentos são tão pequenos que conseguem penetrar nas células, afetar o DNA, o ciclo celular, causar inflamações e, com isso, até mesmo contribuir para o desenvolvimento do câncer.
Já existem trabalhos que documentam bem essa relação com câncer de mama, próstata, leucemia, ovário, intestino e pulmão.
Em 2020, a produção de plástico explodiu devido à pandemia de COVID-19 e à fabricação de EPIs, como máscaras, potes, luvas, entre outros. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, apenas entre protetores faciais e máscaras, cerca de 4 bilhões de itens foram descartados.
Anualmente, são produzidas 430 milhões de toneladas de plástico, sendo que dois terços têm vida útil curta — logo são descartados, poluindo o ambiente ou sendo triturados.
Inúmeros estudos ainda estão em andamento, mas esse é um assunto atual e serve como um grande alerta.
Para reduzir a exposição a microplásticos, você pode:
. Usar mais vidro
. Separar resíduos e reciclar
. Reduzir o consumo de plásticos, principalmente os descartáveis